segunda-feira, 12 de abril de 2010

Friedrich Nietzsche


Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844, sendo destinado a ser pastor como seu pai, junto com seu avô. Entretanto, Nietzsche rejeita a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica. Em 1858, Nietzsche obteve uma bolsa de estudos na então famosa escola de Pforta. Sob influência dos estudos e de alguns professores e filosofos, Nietzsche começou a afastar-se do cristianismo. Excelente aluno em grego e brilhante em estudos bíblicos, alemão e latim, Partiu em seguida para Bonn, onde se dedicou aos estudos de teologia e filosofia, mas, influenciado por seu professor predileto, Ritschl, desistiu desses estudos e passou a residir em Leipzig, dedicando-se à filologia. Ritschl considerava a filologia não apenas história das formas literárias, mas estudos das instituições e do pensamento. Nietzsche foi atraído pelo ateísmo de Schopenhauer, assim como pela posição essencial que a experiência estética ocupa em sua filosofia.
Em 1870, a Alemanha entrou em guerra com a França; nessa ocasião, Nietzsche serviu o exército como enfermeiro, mas por pouco tempo, pois logo adoeceu, contraindo difteria e disenteria. Essa doença parece ter sido a origem das dores de cabeça e de estômago que acompanharam o filósofo durante toda a vida. Nietzsche restabeleceu-se lentamente e voltou a Basiléia a fim de prosseguir seus cursos.
Em 1871, publicou O Nascimento da Tragédia,que refletia sobre a incompatibilidade entre o "pensador privado" e o "professor público". Ao mesmo tempo, esperava-se com seu estado de saúde: dores de cabeça, perturbações oculares, dificuldades na fala. Parou com sua carreira universitária. Nessa ocasião, iniciou sua grande crítica dos valores, escrevendo Humano, Demasiado Humano, cuja obra seus amigos não o compreenderam .
Em 1880, Nietzsche publicou O Andarilho e sua Sombra. Um ano depois apareceu Aurora, com a qual se empenhou "numa luta contra a moral da auto-renúncia".
Durante o verão de 1881, escreveu O Eterno Retorno. Nessa obra defendeu a tese de que o mundo passa indefinidamente pela alternância da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal.
Depois de 1888, Nietzsche passou a escrever cartas estranhas. Um ano mais tarde, em Turim, enfrentou o auge da crise; escrevia cartas ora assinando "Dioniso", ora "o Crucificado" e acabou sendo internado em Basiléia, onde foi diagnosticada uma "paralisia progressiva". Provavelmente de origem sifilítica. A moléstia progrediu lentamente até a apatia e a agonia. Nietzsche faleceu em Weimar, no dia 25 de agosto de 1900.
Nietzsche enriqueceu a filosofia moderna com meios de expressão: o aforismo e o poema. Isso trouxe como conseqüência uma nova concepção da filosofia e do filósofo: não se trata mais de procurar o ideal de um conhecimento verdadeiro, mas sim de interpretar e avaliar. Assim, o aforismo nietzschiano é, simultaneamente, a arte de interpretar e a coisa a ser interpretada, e o poema constitui a arte de avaliar e a própria coisa a ser avaliada.
Nietzsche combateu a metafísica, retirando do mundo supra-sensível todo e qualquer valor eficiente, e entendendo as idéias não mais como "verdades" ou "falsidades", mas como "sinais". A única existência, para Nietzsche, é a aparência e seu reverso não é mais o Ser; o homem está destinado à multiplicidade, e a única coisa permitida é sua interpretação.
A crítica nietzschiana à metafísica tem um sentido moral: o combate à teoria das idéias socrático-platônicas é, ao mesmo tempo, uma luta acirrada contra o cristianismo.
Segundo Nietzsche, o cristianismo concebe o mundo terrestre como um vale de lágrimas, em oposição ao mundo da felicidade eterna do além. Essa concepção constitui um pensamento que, à luz das idéias do outro mundo, autêntico e verdadeiro, entende-se que o terrestre,é o sensível, o corpo, como o provisório, o inautêntico e o aparente. Trata-se, portanto, diz Nietzsche, de "um platonismo para o povo", de uma vulgarização do pensamento, que é preciso desmistificar. O cristianismo, segundo Nietzsche, é a forma acabada de um pensamento logico e racional, repousando em dogmas e crenças que permitem à consciência fraca e escava escapar à vida, à dor e à luta, e impondo a resignação e a renúncia como virtudes. São os escravos e os vencidos da vida que inventaram o além para compensar a miséria; inventaram falsos valores para se consolar da impossibilidade de participação nos valores dos senhores e dos fortes; forjaram o mito da salvação da alma porque não possuíam o corpo; criaram a ficção do pecado porque não podiam participar das alegrias terrestres e da plena satisfação dos instintos da vida. "Este ódio de tudo que é humano", diz Nietzsche, "de tudo que é 'animal' e mais ainda de tudo que é 'matéria', este temor dos sentidos... este horror da felicidade e da beleza; este desejo de fugir de tudo que é aparência, mudança, dever, morte, esforço, desejo mesmo, tudo isso significa... vontade de aniquilamento, hostilidade à vida, recusa em se admitir as condições fundamentais da própria vida"


Em sumo Nietzsche acreditava que,as instituições das religiões e do governo fazem do povo um tipo de cordeiros definindo seus próprios limites,porque tanto o governo como a religiao tem esse poder de controlar e definir esses limites.Suas ideias desbravaram os horizontes possíveis com o artifício da linguagem, e não cedeu diante as adversidades, em sua vida incomum,mesmo suas ideias sendo dirtorcidas pela condição de Nazismo em seu país. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filólogo e filósofo, foi um grande escritor. Suas obras têm um tom profundo e coeso, como em Platão.

GRUPO: Hugo 05
Willian 18

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